terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Uma história, não a primeira

Muitas vezes gostamos tanto de uma musica que, ao saber o contexto em que foi criada, perdemos o entusiasmo em relação a ela. O contrário também pode acontecer. Em relação à música que é cantada dentro das Igreja Evangélicas a frequência de pessoas que passam a ter suas vidas marcadas pela identificação com a história destas músicas é muito grande.Eu mesmo sou uma destas pessoas e a primeira história que quero contar é a da música que me marcou recentemente.
Era 01 de fevereiro de 2009, primeiro domingo, eu estava, com minha esposa, na Congregação da Igreja Metodista que fica na Av. Brasil, entrada do Conjunto Campinho em Paciência. Ela estava se preparando para servir a Santa Ceia quando meu telefone, que normalmente está desligado na Igreja, vibrou.
Minha irmã, em tom muito preocupado, dizia que minha mãe, depois de chegar bem à Igreja, havia passado mal e sido levada pela outra irmã e o pastor da Igreja ao hospital.
Quando ela descreveu as condições em que estava minha mãe eu me preparei para o pior, mas o pior naquele instante seriam as seqüelas que ela iria ficar.
Pouco depois toca de novo o telefone e, quando do outro lado a pessoa se identificou como sendo o pastor que socorrera minha mãe, eu senti que a noticia era um pouco pior do que a que eu esperava anteriormente.
Findo o culto, partilhei com os irmãos que, enquanto partilhávamos a Mesa do Senhor, minha mão havia ido cear diretamente com Ele.
Foi uma noite de lembranças e um dia difícil a seguir.
Na terça feira, no culto de oração, na Igreja Metodista em Santa Margarida, o irmão Jocenir, acho que sem saber da minha história, me chamou para cantar um louvor ao Senhor e a música que eu senti o desejo de cantar, hoje eu sei, é baseada em Hc. 3:18 que diz “Todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação.”
Em abril, num encontro de pastores, eu acompanhava minha esposa e o grupo que trazia nos o louvor contou a história daquele hino.
Eu me identifiquei de tal forma com o autor que chorei copiosamente, tendo na lembrança os ensinamentos de minha mãe e seus preciosos conselhos.
Aqui está a história que mais gosto deste hino bem como a letra e o vídeo da Catedral Evangélica de São Paulo cantando esta linda melodia.

Em Novembro de 1873, o "Ville de Havre" zarpou da cidade de Nove Iorque para a Europa. Entre os passageiros encontrava-se, a bordo, a Sra. Spafford, esposa de um advogado em Chicago, com seus quatro filhos.
A viagem estava quase no fim, estando já à vista as costas da Inglaterra, quando ocorreu uma terrível catástrofe. No escuridão da noite um barco colidiu com o "Ville de Harve" e este começou logo a afundar.
A Sra. Spafford ajuntou os seus filhos ao seu redor e encomendou-os a Deus. À medida que a água subia, mais e mais, dentro do navio, um dos filhos procurou confortar sua mãe em prantos, lembrando-lhe de que era tão fácil ser chamado à presença de Cristo, tanto do mar, como se da casa, na América!
Um a um, os seus queridos filhos foram arrancados dos seus braços. perecendo diante dos seus olhos. Ela, porém, foi milagrosamente poupada e salva, algumas horas mais tarde, por outro navio.
Supondo que a notícia do desastre seria logo divulgada pelo mundo, a Sra. Spafford assim que atingiu o porto, enviou um telegrama ao seu marido. Este havia recebido a notícia do naufrágio do navio e da perda de seus passageiros, mas ainda não sabia da perda dos seus entes queridos.
Com o coração pulsando fortemente e com mãos vacilantes ele abriu o envelope. A mensagem era curta, consistindo em apenas duas palavras. Seus olhos foram diretos à palavra "salva", dando ao seu coração uma repentina sensação de alegria. Relendo, porém, o telegrama, notou a segunda palavra: "só", causando-lhe uma terrível mudança de sentimentos. Num determinado momento foi cheio de um gozo inefável; e no momento seguinte, inundado de indescritível tristeza!
Contudo, ele pôde agradecer a Deus por ter salvo a sua amada esposa, ainda que lamentasse a perda dos filhos queridos.
Dois anos mais tarde o mesmo Sr. Spafford perdeu grande parte dos seus bens num incêndio que houve em Chicago, mas a sua fé cristã sempre firme permitiu que ele superasse a todas aquelas perdas.
A despeito de tudo o que lhe aconteceu, foi capaz de sentar-se e escrever o lindo hino que focalizamos e que se tornou tão conhecido em todo o mundo evangélico. Ë o Nº.312, em " Hinos e Cânticos". A sua letra em português é de autoria do Sr. S.E. McNair; a música é do Sr. Philip P. Bliss.
Há muitas famílias nas quais existem pessoas salvas e pessoas perdidas. Aquelas que estão preparadas e aquelas que não estão preparadas para se encontrarem com um Deus santo e que odeia o pecado!
Nalgumas delas é possível que o marido seja salvo e a esposa não; uma irmã salva e um irmão, perdido; e assim por diante. Que coisa terrível será, na eternidade, se sua mãe, ou seu pai, ou irmã ou irmão, ou esposa ou esposo, for salvo e você - PERDIDO!
E se falamos em ser salvo, devemos pensar num meio de salvação; e quando Deus nos fala da Sua grande salvação, Ele nos fala, também, a respeito do nosso grande Salvador, o Senhor Jesus. Ele nos fala, ainda, como podemos estar certos dessa salvação: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" (Romanos 10.9).
Você quer ter, também, esta certeza?
O hino desta primeira história é o do Hinário Adventista nº 230


Sou Feliz Com Jesus
Horatio Gates Spafford & Franz Joseph Haydn

Se paz a mais doce me deres gozar,
Se dor a mais forte sofrer,
Oh seja o que for, tu me fazes saber
que feliz com Jesus hei de estar


Sou Feliz (Sou Feliz)
Com Jesus (Com Jesus)
Sou feliz com Jesus meu Senhor.


Embora me assalte o cruel Satanás.
E ataque com vis tentações. Oh sim,
certo estou mesmo em tais provações,
em Jesus acharei força e Paz.


Jesus meu Senhor ao morrer sobre a cruz.
Livrou-me da culpa e do mau, salvou-me
Jesus Oh mercê sem igual!
Sou feliz e hoje vivo na luz.


A vinda eu anseio do meu Salvador,
em breve virá me buscar. Então lá no
céu vou pra sempre morar com remido
na luz do Senhor.






quinta-feira, 24 de outubro de 2019

“Good Bye”

DEUS VOS GUARDE

Alguns hinos são escritos sob circunstâncias incomuns. A história deste hino, entretanto, pode melhor ser contada nas palavras do seu autor, Dr. J. E. Rankin, presidente da Howard University, D.C., e pastor veterano já falecido. Escrito em 1882 como um hino cristão de despedida, não era destinado a nenhuma pessoa ou ocasião, porém, foi composto deliberadamente como um hino cristão sobre a base da etmologia de “Good Bye”, (Adeus) Que é “Deus seja contigo”. A primeira estrofe foi escrita e enviada a dois compositores, um muito conhecido e o outro totalmente desconhecido e não inteiramente educado em música. Escolhi a composição do último, submetí-a a J. W. Bischoff, diretor musical de um pequeno livro que estávamos preparando. Ele a aprovou, porém, com algumas emendas que foram adotadas. Foi cantado pela primeira vez numa noite na Primeira Igreja Congregacional em Washington, onde eu era então pastor e o Sr. Bischoff, o organista. A sua popularidade deve-se à música que foi adotada. Minha orientação na união de palavras e música não deve, porém, tirar do Sr. Tomer (o compositor) a honra que lhe cabe totalmente.
O Dr. Rankin nasceu a 2 de janeiro de 1828 em Thornton, New Hampshire. Tornou-se um ministro Congregacional e mais tarde foi por vários anos presidente da Howard University, Whashington D.C.. Morreu em Cleveland, Ohio, a 28 de novembro de 1904.
O compositor, William Gould Tomer, nasceu em 1883 e serviu no exército da União durante a guerra civil. Era de descendência alemã e passou vários anos como professor nas escola públicas de New Jersey e também trabalhou como um funcionário do governo em Washington. No tempo em que compôs a música para “Deus Vos Guarde” era diretor musical da Igreja Metodista Episcopal da Graça em Washington, D.C.. Morreu em 1896.

“O SENHOR te abençoe e te guarde;
o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz.” Nm. 6: 24 - 26


H.E. 498
DESPEDIDA
Deus vos guarde pelo seu poder,
Protegido e abençoados,
Desfrutando os seus cuidados,
Deus vos guarde pelo seu poder!
Pelo seu poder e no seu amor,
Estaremos todos com Jesus!
Pelo seu poder e no seu amor,
Oh! Que Deus nos guarde em sua luz!
Deus vos guarde para o seu louvor,
Consolados e contentes,
Achegados sempre aos crentes,
Deus vos guarde para o seu louvor!

Deus vos guarde bem no seu amor.
No trabalho glorioso,
Para o dia venturoso,
Deus vos guarde bem no seu amor!