quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A VELHA CRUZ

Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.(Ap. 3:11)




Um pouco da vida do autor

Autor e compositor deste hino, um dos mais amados no mundo inteiro, estava de volta de uma série de conferências evangelísticas nos Estados de Michigan e Nova Iorque, EUA. Estava passando por uma dura provação. Começou a refletir seriamente sobre o significado da cruz, e o que o apóstolo Paulo queria dizer quando falou da "participação dos seus sofrimentos" (Filipenses 3:10). Enquanto Bernnard meditava sobre estas verdades, "se convenceu de que a cruz era muito mais do que um símbolo religioso, era o coração do evangelho." Foi neste tempo que este hino nasceu.

Bernnard conta a história:
"A inspiração me veio em um dia em 1913, enquanto estava em Albion, Michigan, EUA. Comecei a escrever Rude Cruz. Compus a melodia primeiro. A letra que escrevi estava imperfeita. As palavras completas do hino foram postas [mais tarde] no meu coração em resposta à minha própria necessidade. Pouco tempo depois, em 7 de junho, apresentei o hino numa conferência em Pokagon, Michigan."

Bennard tinha razão. A cruz é o coração do evangelho, e Deus usou o sofrimento deste seu servo para abençoar o mundo até hoje.
George Bennard, filho de um mineiro, nasceu em Youngstown, Estado de Ohio, em 4 de fevereiro de 1873. Pouco tempo depois, a família mudou-se para o Estado de Iowa. Foi na cidade de Lucas que George se converteu numa reunião do Exercito da Salvação. Desejou profundamente estar a serviço do Senhor. Aos dezesseis anos, com a morte do seu pai, tornou-se o único sustento da sua mãe e quatro irmãs. Tornou-se impossível adquirir mais educação formal, mas George entrou nas fileiras do Exército da Salvação e através do seu próprio estudo e do convívio com pastores aprofundou-se na Palavra. Mudou-se com a família para Ilinois, e mais tarde se casou. Ali o casal trabalhou lado a lado na liderança do Exército da Salvação. Após alguns anos, deixando este trabalho, Bennard foi consagrado ao ministério, e começou quarenta anos frutíferos de evangelismo no norte dos Estados Unidos e no Canadá.
Bennard escreveu mais de trezentos hinos, mas será lembrado especialmente por este. Em 9 de outubro de 1958, aos 85 anos, depois de levar fielmente sua cruz. George Bennard trocou-a por "uma coroa".
O nome da melodia, OLD RUGGED CROSS, (Velha Rude Cruz) provém do título do hino que por muitos anos foi considerado o gospel hymn predileto do povo americano. O missionário F. A. R. Morgan traduziu este hino em 1924.
Bibliografia: Wyrtzen Donald John, in: Osbeck, Kenneth W. , 101 More Hymn Stories, Grand Rapids, Mt, Kregel Publications, 1985, p. 317.
fonte: http://reieterno.sites.uol.com.br


RUDE CRUZ

Rude cruz se erigiu,
Dela o dia fugiu,
Como emblema de vergonha e dor;
Mas contemplo esta cruz,
Porque nela Jesus
Deu a vida por mim pecador.

Sim eu amo a mensagem da cruz
Té morrer eu a vou proclamar
Levarei eu também minha cruz
Té por uma coroa trocar

Desde a glória dos céus,
O cordeiro de Deus,
Ao calvário humilhante baixou;
Essa cruz tem prá mim
Atrativos sem fim,
Porque nela Jesus me salvou

Nesta cruz padeceu
E por mim já morreu,
Meu Jesus para dar-me
O perdão;
E eu me alegro na cruz,
Dela vem graça e luz
Pra minha santificação

E eu aqui com Jesus,
A vergonha da cruz
Quero sempre levar e sofrer;
Cristo vem me buscar, e com Ele , no lar,
Uma parte da glória hei de ter



quarta-feira, 8 de setembro de 2010

BREVE JESUS VOLTARÁ


"Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." Apocalipse 3-11




Acho que fui acometido de uma grande nostalgia, saudades de ligar o rádio ou a TV e assistir programa de cunho evangelístico e não comercial.
Comercial? Como assim?!
Sei que você se pôs a perguntar, é comercial, sim!
Mas tenho sentido saudade de um evangelho que aponte para a cruz, que lembre que Cristo voltará, embora alguns queiram que acreditemos que não e outros se apresentem como sendo o próprio.
Um evangelho de valor sem $$$$$$$$$$$$.
Um evangelho de amor, de verdade, de solidariedade, de humildade. Um evangelho cristocentrico, onde o “eu” tenha morrido para que “ELE” viva.
Ah, que saudade!
Será que ainda existe programa Evangélico na TV ou no rádio? Será que em algum deles a gente ouça que Cristo salva e que a Sua vida em nós não significa prosperidade mas, SANTIDADE?
Se você, meu amigo, conhece esse tipo de programa que eu procuro, serei grato em divulga-lo neste espaço (depois de conferir, é claro).
Quero te chamar, meu irmão, a rodear a cidade e tocar tua trombeta e anunciar o dia aceitável do Senhor, por que Ele vem e já está chegando!

BREVE JESUS VOLTARÁ
1.
Servos de Deus, a trombeta tocai:
Breve Jesus voltará!
A todo o mundo a mensagem levai:
Breve Jesus voltará!
CORO:
Breve virá!
Breve virá!
Breve Jesus voltará!
2.
Ide as nações e depressa anunciai:
Breve Jesus voltará!
Gratos, alegres, as novas cantai:
Breve Jesus voltará!
3.
Montes e vales, o som ecoai:
Breve Jesus voltará!
Ondas do mar a canção entoai:
Breve Jesus voltará!
4.
Guerras e fome nos dão a entender:
Breve Jesus voltará!
Graves sinais já nos fazem saber:
Breve Jesus voltará!




quarta-feira, 1 de setembro de 2010

QUÃO GRANDE ÉS TU





Letra e Música: Carl Boberg 1859-1940)

Esta história começa na Suécia. Carl Boberg nasceu em Monsteras, na Costa sudoeste da Suécia, em 16 de Agosto de 1859. Seu pai era carpinteiro num estaleiro de navios, e sua casa dava bem para o estuário do rio Monsteras. Carl converteu-se aos 19 anos de idade. Num certo domingo, quando ia para a reunião, encontrou-se com alguns jovens pouco mais velhos do que ele, os quais insistiam para que fosse jogar em sua companhia e de algumas garotas amigas. Carl, que esperava encontrar, na reunião, o pregador que anteriormente tinha tocado profundamente em seu coração, e, não querendo perder o seu novo sermão, não aceitou o convite dos amigos.
A mensagem do pregador, naquele domingo, sobre o pecado e a graça foi direta ao coração de Boberg. Após a reunião, todavia, vagueou de um lado para outro sob profunda convicção de pecado, a tal ponto que, ao chegar a uma campina, caiu de joelhos e confessou-se um pecador irremediavelmente perdido. Nesse estado de espírito buscou o perdão, orando dia e noite, até que, ouvindo um menino tentando aprender de cor o versículo de João 14.13, que diz: "Tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei", a sua constante repetição fez com que ele compreendesse a verdade e assim encontrasse perdão e paz, simplesmente aceitando as palavras de Cristo.
Quatro anos mais tarde, no verão se 1885, Boberg escreveu o poema "O Store Gud", que conhecemos agora como "Quão Grande és Tu", e que foi publicado pela primeira vez em "A Folha de Monsteras", no dia 13 de Março de 1886. De 1890 até 1916 Boberg foi editor de um semanário cristão, "Testemunho da Verdade". De 1911 até 1924 foi representante de sua cidade no Parlamento Sueco. Sofreu, porém, um derrame em 1937, que paralisou o seu lado direito, vindo a falecer em 1940.
Naquele dia quente de verão de 1885, Carl Boberg e outros da sua cidade foram a uma reunião que se realizaria a duas milhas ao sul de Monsteras. De volta para casa, desabou uma tempestade; os raios riscaram os céus e os ventos sopraram sobre as plantações. Em apenas uma hora a tempestade cessou e o arco-iris apareceu! Chegando em casa, Boberg abriu a janela e viu o estuário que ficava em frente à sua casa, como se fosse um límpido espelho. Repetiu, então, baixinho, os versos de Nicander: "Bem vinda, ó brilhante tarde; Bem vinda, calma e linda".
Da outra banda do rio ouviu o canto dos pássaros no bosque. Tinha havido um funeral naquela mesma tarde e, de longe, podia ser ouvido o repicar dos sinos, na quietude daquele entardecer. A atmosfera e a beleza da paisagem tocaram a mente poética de Boberg e ali encontrou expressões para escrever o hino que hoje conhecemos come "Quão Grande és Tu".
Em 1891, Boberg, sendo editor de um daqueles periódicos, publicou o seu hino com aquela música.
É interessante notar que já em 1910 este hino havia sido traduzido para o português, pelo ilustre hinólogo Dr. João Gomes da Rocha, tradutor de inúmeros hinos, e foi publicado no hinário "Louvores", em 1938, pelo Centro Brasileiro de Publicidade Ltda. Esta tradução constava de dez estrofes e coro (Se os Hinos Falassem, Vol.1).
Em 1907 apareceu uma versão em alemão, feita por Manfred Von Glehn, residente na Estônia. Mas em 1927, outro pregador russo, Ivan S. Prokhanoff, conhecido como o "Martinho Lutero da Rússia moderna", publicou uma versão em russo, a qual foi incluída no hinário chamado "Kimvale" (Címbalos), uma coleção de hinos traduzidos de várias línguas.
Em 1923, o inglês Stuart Keene Hine, um dos nossos mais dinâmicos e dedicados missionários, deixou a Inglaterra, a sua terra natal e foi com sua esposa anunciar o Evangelho na Ucrânia.
Ali conheceram a versão russa de "Grandioso és Tu", logo que havia sido publicada por Ivan S. Prokhanoff. O Sr Hine e sua esposa não sabiam, ainda, que o mesmo havia sido escrito originalmente em sueco. Eles apenas recordam-se de que o cantavam em dueto em campanhas evangelísticas.
Na pequena vila mais próxima das montanhas, na qual o autor subiu, ali mesmo ele pôs-se em pé na rua, cantou um hino Evangélico e leu, em voz alta, o capítulo três do Evangelho segundo João. Entre os atenciosos ouvintes que se aproximaram estava o mestre-escola (professor primário) daquela vila russa. Naquele momento foi-se formando uma grande tempestade e, não tendo o missionário onde se abrigar, o professor russo, que se tornara amigo, ofereceu-lhe hospedagem.
Como foram inspiradores aqueles "potentes trovões", ecoando através das montanhas! Foram aquelas impressões que deram origem à primeira estrofe do hino em inglês:

Senhor, meu Deus! Quando eu, maravilhado,
Considero as obras feitas por Tua mão,
Vejo as estrelas, ouço o trovão potente,
O Teu poder demonstrado através de todo o universo:
Então minha alma canta a Ti, Senhor,
Quão Grande és Tu! Quão Grande és Tu!


Prosseguindo, o escritor atravessou a montanha fronteiriça com a Roménia, e lá, nas Bukovinas, (a terra das frondosas faias) encontrou alguns crentes. Juntamente com os jovens, passeou "entre as clareiras dos bosques e florestas" e "ouviu os pássaros cantando suavemente sobre as árvores". Como que instintivamente, todos começaram a cantar o hino "Quão Grande és Tu", traduzido por Ivan S. Prokhanoff, acompanhados de bandolins e violões.
Assim, inspirados parcialmente pela letra em russo e parcialmente pela visão de "todas as obras feitas pela Tua mão", as estrofes seguintes foram surgindo, em inglês!

Quando eu vagueio pelas matas e clareiras na floresta,
E ouço pássaros a cantar nas árvores docemente;
Quando olho desde a grandeza da montanha altaneira
Ouço o riacho e sinto a suave brisa:
Então minha alma.....


Contudo, pouquíssimos daqueles habitantes dos Montes Cárpatos, que viram ao seu redor as maravilhosas "obras das Tuas mãos", sabiam algo a respeito da salvação que aquele mesmo Deus grandioso havia providenciado - a grande obra mencionada na terceira estrofe.
Esta foi inspirado pelo seguinte fato:
Enquanto o missionário distribuía folhetos, de vila em vila, numa distância de 120 milhas, deparou com uma notícia surpreendente: "Há um homem que já possui uma Bíblia, a somente 20 milhas daqui", disse alguém. Esta novidade levou o irmão Hine a dirigir-se à humilde casa dum homem chamado Dimitri. A saudação cristã do missionário causou grande surpresa e alegria ao hospedeiro, pois antes, apenas dois outros crentes o haviam visitado, tendo ousado atravessar aquelas montanhas!
E, como foi que Dimitri veio a conhecer a Cristo? É o que vamos ver em seguida:
Dezenove anos antes, os exércitos Czaristas invadiram os Cárpatos e a vila onde Dimitri morava ficava bem no limite. Na pressa em retirar-se, um soldado russo deixou a sua Bíblia para trás. Porém, ninguém, na pequena vila, sabia ler, e, assim, a Bíblia ficou guardada até o dia da visita do Sr. Hine!
A esposa do Sr. Dimitri foi a primeira a aprender a ler e, como uma criança que está aprendendo as primeiras sílabas, começou a soletrar em voz alta para todos os vizinhos admirados, as palavras de João 3.16: "Por- que Deus a- mou o mun - do de tal ma - nei - ra ...".Lentamente, mas com perseverança, ela soletrava em voz alta, a mais maravilhosa história já ouvida, até chegar ao relato da crucificação, Foi aí que as lágrimas começaram a rolar e, homens e mulheres, com os joelhos dobrados, invocaram a Deus em voz alta!
Cerca de 12 pessoas foram realmente convertidas e o irmão Hine chegou justamente naquele momento e pôde ouvir o clamor de todos juntos, cada um expressando (inconscientes da presença dos demais) a sua profunda admiração por verem, pela primeira vez, a revelação do amor de Deus manifestado no Calvário.
Eis o que diz a terceira estrofe (na versão em inglês):

"E quando penso que Deus não poupando a Seu Filho,
Enviou-O para morrer, - mal posso entender
Que sobre a cruz, suportando de bom grado o meu fardo,
Verteu Seu sangue e morreu a fim de tirar o meu pecado"


A quarta estrofe só apareceu após a segunda guerra mundial, durante a qual a casal Hine teve de transferir a sua residência para a Grã Bretanha. No ano de 1948 o país foi superlotado com a entrada de 100.000 refugiados de guerra, acrescidos aos 165.000 poloneses que lá já se encontravam. Quando um crente vindo de um país soviético foi visitá-los e deu-lhes oportunidade de fazer qualquer pergunta, um deles perguntou, expressando o desejo do coração de todos:

"Quando vamos para o lar?"

Que melhor mensagem poderia ser dada àquelas pessoas sem lar, do que a que anuncia Aquele que foi preparar um lugar para os "desabrigados". o lar celestial oferecido a quantos O receberam como Salvador e Senhor? Um russo foi convertido na Inglaterra e estava profundamente pesaroso por não poder dar a alegre notícia à sua esposa. Esta confessara o Senhor, a quem ele, naquela ocasião, não quis receber, e depois disso eles foram separados por causa da guerra, perdendo totalmente o contacto um com o outro. Agora ele anelava pelo dia "quando Cristo vier e levar-me ao lar", onde ela teria a grata surpresa de encontrar a esposo querido.
Esta confessara o Senhor, a Quem ele, naquela ocasião, não quis receber, e depois disso eles foram separados por causa da guerra, perdendo totalmente o contacto um com o outro. Agora ele anelava pelo dia "quando Cristo vier e levar-me ao lar", onde ela teria a grata surpresa de encontrar a esposo querido.
Inspirada por estes fatos, nasceu a quarta estrofe (na versão em inglês):

"Quando Cristo vier com brado de aclamação
E levar-me ao lar - que gozo encherá meu coração!
Então me prostrarei em humilde adoração
E proclamarei: Meu Deus, quão grande és Tu!"


Nosso irmão Stuart Hine, já idoso, em correspondência com o irmão Luiz Soares, forneceu os dados históricos deste hino tão belo, que se tornou tão popular através da sua excelente versão. O Irmão Hine examinou e aprovou a tradução de "Quão Grande és Tu", feito pelo irmão Luiz Soares para Hinos e Cânticos, onde devidamente autorizada, aparecerá com o número 467. A música trará o arranjo do próprio Hine.